OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

KARMA INDIVIDUAL E KARMA COLETIVO (1ª PARTE)

"Karma Individual é o que cada um de nós colhe e se­meia para si próprio. (...) Agora vamos consi­derar o Karma em suas complexas interações; e aqui pode parecer que, em se tratando do Karma Coletivo (Social ou Supraindividual), estaremos tratando com o que pode parecer modificações, ou mesmo violações do rigor da Lei Kármica. Mas não é assim, como veremos.

O Karma Coletivo pode ser dividido em Seis Grupos Principais, como se segue:

1. O Karma Conjugal.
2. O Karma de Família.
3. O Karma Mútuo.
4. O Karma Nacional.
5. O Karma Racial.
6. O Karma Universal.

Está exposto em muitos escritos sagrados que nos­sos pensamentos e ações afetam outras pessoas em maior ou menor extensão. Nesse fato baseia-se a atividade do Karma Coletivo. Todos somos uma Unidade Espiritual, ou Fraternidade, negada como pode ser, e todos nada­mos no mesmo Oceano da Vida. Portanto, cada mau pen­samento polui, em pequena extensão que seja, esse ocea­no, e cada bom pensamento ajuda a purificá-lo. Em outras palavras, somos, em apreciável extensão, os guardas dos nossos irmãos. Não há separatividade na Realidade. A ilusão da separatividade em relação ao nosso próximo é a Grande Heresia e a raiz de todo o Mal. Precisamos compreender que cada bom pensamento que enviamos para ajudar outros deve ter seu efeito, da mesma forma pela qual cada mau pensamento é um poluidor. As cor­rentes de pensamentos movem-se de acordo com a força que está por trás deles. Pensamentos puros formam uma aura pura em torno da pessoa que os tem, e são pacíficos e serenos. Diz Éliphas Lévi: 'Muitas vezes ficamos estupefatos quando, em sociedade, somos dominados por pensamentos e sugestões voltados para o Mal, coisa que não teríamos julgado possível, e não nos apercebemos de que eles só vieram pela presença de algum vizinho mór­bido... almas doentes que têm o hálito mau, e viciam a atmosfera moral; mesclam reflexões impuras, por assim dizer, com a luz astral que nelas penetra, estabelecendo, assim, correntes deletérias.' Vendo o quanto afetamos uns aos outros, aprendemos a resguardar nossos pensa­mentos e atos e a viver considerando tanto a felicidade pública como a nossa própria. Lemos em Fo-Pen-Hing-Tsih-King, v. 43: 'Nosso dever é fazer alguma coisa, não só em nosso benefício, mas para o bem daqueles que nos vierem procurar.' E, em Luz no caminho: 'Recordem que o pecado e o opróbrio do mundo são o teu pecado e o teu opróbrio, porque tu és parte dele.' Recordai! Com que frequência esquecemos! Esquecemos as dores dos outros, dores que são nossas, para partilhar e ajudar a suportá-las. Esquecemos que não devemos condenar o Mal em outros, enquanto qualquer mal ainda estiver em nós. 'Que aquele que for sem pecado atire a primeira pedra' (Jesus). O Sr. Suzuki, em seu Esboço do budismo Mahâyâna, expõe o caso muito habilmente. Ele diz: 'To­dos os sofrimentos sociais não são obrigatoriamente pro­duzidos por um Karma passado, mas podem ser engen­drados pelas imperfeições do atual sistema social. A re­gião do Karma não está no mundo social e econômico, mas no mundo moral. A pobreza não é, fatalmente, a con­sequência de atos maus, nem a plenitude é consequência de atos bons. A recompensa do Bem é a bem-aventurança espiritual — contentamento, tranquilidade de espírito, humildade de coração, imutabilidade da fé — todos os tesouros celestiais... Os atos, bons ou maus, deixam efei­tos permanentes no sistema geral dos seres sensíveis, e não no próprio autor, mas em todos, constituindo a gran­de comunidade psíquica chamada Dharmadhâtu (univer­so espiritual), que sofre e goza os resultados de um ato moral. O universo é uma grande comunidade espiritual — a mais complicada, a mais sutil e mais sensitiva e a massa de átomos espirituais mais bem organizada, e transmite suas correntes de eletricidade moral de uma partícula para outra, com a máxima rapidez e segurança. Porque a comunidade, no fundo, é uma expressão do Dharma-kâya UNO (Deus).' (...)"

(Irmão Atisha - A Doutrina do Karma - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 29/30

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